Livro conta a história de cientistas negros e ajuda na construção da “identidade positiva”.
“Nossa imagem foi construída mostrando que nós somos bons para trabalhar, para o esporte, para a cultura… mas na área do intelecto, não.” Trinta minutos de prosa de com o escritor Carlos Machado e, rapidamente, você tem que reconstruir muito do que lhe foi ensinado, ou melhor, aprender o que não lhe foi ensinado.
Mestre em História pela Universidade de São Paulo, Carlos, de 44 anos, fica indignado ao revelar que, somente aos 25 anos, descobriu a existência de muitos cientistas negros. Foi lendo um pequeno artigo de uma revista. A caixa do correio, o filamento de dentro da lâmpada, o semáforo, a caneta tinteiro constavam como invenções de negros. Ficou surpreso. “Corri pra internet e quando jogava na web ‘cientista negro’ vinha apenas ficção científica”, conta.
Desde então, pesquisar e escrever sobre o tema virou seu ofício. Carlos é autor do livro “Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente”, leitura essencial para quem deseja trabalhar uma identidade positiva para o negro, especialmente crianças e jovens.
“Nós aprendemos que a universidade começou na Europa, mas a Universidade começou no Egito, 3 mil anos antes de Cristo. Aprendemos que a Filosofia é a mais branca de todas as ciências e nós temos registro da Filosofia no Egito antigo. Há uma tentativa de mostrar que a nossa história começa à partir do momento em que o negro se tornou escravizado”.
O livro traz ainda, nominalmente, cientistas “injustiçados”. Do brasileiro André Rebouças à primeira médica da História, Merit Ptah, que viveu no Egito durante a Idade de Bronze, por volta de 2700 a.C.
O livro “Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente” fornece, com detalhes, informações sobre a vida e os inventos de cada cientista. Relembra também a vida dos 15 negros ganhadores do Prêmio Nobel. Para os brasileiros, é um documento importante em um país desacostumado a tratar do tema.
Para adquirir o livro:
“Ciência Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente”
Para saber mais veja o vídeo abaixo:
Estimada Luciana,
Posso postar este seu artigo ( Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente) em meu Blog?
Ele é importante por redirecionar a nossa história
Sugerir outros caminhos.
Desde já sou muito grato!!!
Geraldo Jr.
obrigado por compartilhar
Era lutar num mercado infimo onde os melhores empregos e postos eram preenchidos por cumadis e cumpadres. A APAN – Associacao dxs Profissionais do Audiovisual Negro – em parceria com o quilombo urbano Aparelha Luiza realizam uma sessao de curtas-metragens produzidos apenas por diretoras negras.
Acho tudo isso muito incrível. Só ontem tomei conhecimento destes fatos .Ouvi no rádio sobre o lançamento de um livro que acontecerá amanhã. É fiquei muito encantada. Quero que todo mundo tenha conhecimento disso.
Sueli Ap c.
O pai da medicina nao foi Hipocrates, mas Imotep, medico negro que viveu dois mil anos antes do medico grego.